Mas porque é que há pequenas inteligências espalhadas na minha hora de expediente que têm a brilhante ideia de me pedir coisas que eu já deitei para o lixo?..
O meu caixote do lixo não é bem um caixote do lixo em que lá meto tudo e mais alguma coisa, maioritariamente tem papéis e uma ou outra pastilha elástica, já bem mascada e triturada... Nada de especial... Mas o que me irrita é ter que por lá a mãozinha de vez em quando. Não é por mal, o caixote do lixo é meu e só meu, mas apesar de tudo é um caixote do lixo, ter que andar lá com as minhas mãozinhas delicadas e com frieiras não é nada fácil!
Ao menos podiam ter a delicadeza de dizer, "oh deixa estar, se já metes-te isso no lixo, esquece...", mas não, deixam-me lá andar com a mãozinha, eu às vezes ainda faço fita "oh, não estou a conseguir encontrar, que estranho, ainda agora o meti aqui dentro...", mas não cola, porque continuam à minha espera e o máximo que consigo arrancar é algo do género "vou para a minha sala, quando encontrares leva-me lá isso, pode ser?"... E eu lá continuo com a mãozinha a pensar, não me pagam suficientemente bem para andar a fazer trabalhos forçados e nojentos, mas lá continuo, até que o dito cujo lá aparece todo amarrotado, às vezes com uma pastilhita agarrada eu fico toda contente, pois lá vou eu entregar um papel que já teve o prazer de ter uma pastilha elástica mascada por mim em cima dele. No momento da entrega fico feliz, porque o parvo(a) vai por as mãos em algo cheio de micróbios e alguma saliva minha! Como se costuma dizer " a vingança serve-se fria", ou então, "cá se fazem, cá se pagam!"
Nenhum comentário:
Postar um comentário